11. Erupção surtseyan
Há casos em que a erupção ocorre em ambientes com presença de água, como áreas rasas próximas à costa ou diretamente sob o mar. Nessas condições, a lava entra em contato com água fria, o que provoca reações rápidas. O resultado costuma ser uma explosão repentina, capaz de lançar vapor e cinzas em várias direções.
Em 1963, um episódio assim foi registrado na Islândia. A atividade começou no fundo do mar e, após algum tempo, formou uma nova ilha: Surtsey. Esse surgimento chamou atenção pela velocidade com que a terra firme se estabeleceu. Hoje, a ilha ainda existe e é estudada por cientistas do mundo todo.
12. Erupção hialoclástica
As erupções hialoclásticas costumam ocorrer em áreas onde há presença constante de água ou gelo. Quando o magma encontra esse tipo de ambiente, o choque térmico gera explosões súbitas. Pedaços de rocha são arremessados em várias direções. Essa dinâmica geralmente acontece em zonas vulcânicas cobertas por geleiras, onde o calor do magma interage diretamente com o gelo.
13. Erupção criptovulcânica
Diferente das explosões visíveis e das colunas de lava, esse tipo de atividade passa despercebido à vista desatenta. Ela acontece sob a superfície, sem alarde, mas ainda assim representa risco. Gases como dióxido de carbono e sulfeto de hidrogênio escapam por pequenas rachaduras no solo. Sem cor e, às vezes, sem cheiro forte, esses gases podem se acumular em depressões do relevo e provocar mortes silenciosas, especialmente se não houver circulação de ar. Monitoramento constante é essencial em áreas com histórico geotérmico ativo, mesmo sem sinais óbvios de erupção.
Erupção efusiva explosiva
Começa com a lava escorrendo devagar, como se o evento fosse previsível, até controlado. Mas essa aparência engana. Quando a pressão interna atinge um ponto crítico, a situação muda sem aviso. O solo se rompe, há liberação repentina de gases e fragmentos de rocha. O que parecia tranquilo se transforma em uma explosão violenta. Esse tipo de transição — de uma fase efusiva para uma fase explosiva — é um dos aspectos mais perigosos, porque surpreende tanto moradores quanto especialistas.
15. Erupção de gases vulcânicos
Às vezes, o que o vulcão solta são só gases — muitos gases. Dióxido de enxofre, dióxido de carbono e outros compostos tóxicos saem do subsolo sem lava ou cinzas.
Mesmo sem explosão ou fogo, isso pode ser perigoso. Esses gases se acumulam no ar, e se estiverem em grande quantidade, podem afetar a saúde de quem está por perto ou prejudicar o meio ambiente.
Erupção fumarólica
As fumarolas são emissões contínuas de vapor e gases, vindas de fissuras no solo, geralmente localizadas em áreas com atividade vulcânica residual. O processo não é ruidoso, tampouco violento. Mas o fato de o calor e os gases continuarem escapando por essas saídas indica que o vulcão ainda está ativo em profundidade. Embora visualmente discretas, as fumarolas servem como lembrete de que ali, sob a superfície, o sistema magmático continua funcionando.
17. Erupção lateral
Nem sempre a lava sai pelo topo do vulcão. Às vezes, a lateral da montanha racha, e o magma escapa por ali. Isso pode acontecer quando uma parte da encosta enfraquece ou colapsa.
Essa abertura lateral pode ser tão perigosa quanto a cratera. Foi o que ocorreu em 1980, no Monte Santa Helena. A lateral explodiu com força e destruiu tudo no caminho.
18. Erupção basáltica
Essa é uma erupção com lava do tipo basáltica, que é bem fluida. A lava sai com facilidade e corre por longas distâncias antes de esfriar.
Essas erupções geralmente não são explosivas. Elas acontecem com mais frequência em lugares como a Islândia ou o Havaí, onde a lava percorre campos inteiros, criando paisagens novas.
19. Erupção felsítica
Aqui, o cenário é outro. A lava é espessa, cheia de sílica, e não escorre com facilidade. Por isso, a pressão interna aumenta muito. Quando ela escapa, faz isso com força.
Esse tipo de erupção costuma gerar muita cinza e fragmentos. É bem mais explosiva que a basáltica. E, por conta disso, oferece riscos maiores em áreas povoadas.
20. Erupção ultrapliniana
Esse é um dos tipos mais extremos já registrados. A força é tão grande que a cinza sobe até a estratosfera, e a quantidade de material expelido pode ser assustadora.
Essas erupções são muito raras, mas quando acontecem, causam impactos que vão além da região local. Podem afetar o clima do planeta, causar escurecimento temporário do céu e alterar temperaturas médias. É um evento global.
21. Erupção criptodome
Esse tipo de erupção pode passar despercebido por muito tempo. Isso porque o magma não chega a sair da superfície. Ele sobe, se acumula sob o solo e empurra tudo o que está em cima. Com o tempo, isso forma uma espécie de bolha ou calombo no terreno, que vai crescendo devagar.
A região pode se deformar, rachar ou até desabar se a pressão ficar alta demais. Embora pareça algo silencioso, é uma ameaça real. E o pior é que, na maioria dos casos, o colapso vem de repente.
22. Erupção explosiva hidro magmática
Essa é intensa. O magma sobe e encontra água pelo caminho — pode ser debaixo da terra ou de rios próximos. Esse encontro é brusco. A água vira vapor num estalo e explode com força.
É aí que a lava se mistura com vapor e fragmentos de rocha, e tudo vai para o ar. É o tipo de erupção que assusta pelo barulho e pela nuvem que se forma. E o risco aumenta em regiões com muita água no subsolo.
23. Erupção surtsey
O nome vem de Surtsey, uma ilha que nasceu em 1963 depois que um vulcão entrou em erupção no fundo do mar. A lava foi saindo e, quando encontrou o oceano, solidificou tão rápido que começou a formar terra firme.
Não é todo dia que uma ilha surge assim. Esse tipo de erupção mostra como o fundo do mar também pode esconder vulcões ativos — e como a Terra continua criando pedaços novos.
24. Erupção pluvial
Essa não depende da lava nem de novas explosões. Às vezes, basta uma chuva forte depois da atividade vulcânica para causar problema. A água escorre pelas encostas cheias de cinzas e vira lama.
Mas não é uma lama qualquer. É densa, pesada e corre com velocidade. São os lahares. Podem destruir vilarejos inteiros. E o pior: mesmo dias ou semanas depois da erupção, o risco continua se chover demais.
25. Erupção freática
Essa é parecida com a hidro magmática, mas tem um detalhe: não envolve lava visível. O que acontece é que a água entra em contato com rochas muito quentes e vira vapor. A pressão cresce e, de repente, tudo explode.
Sai vapor, poeira, pedras... mas nada de magma. Apesar disso, o susto é grande. Esse tipo de erupção é imprevisível e já causou acidentes em locais onde turistas achavam que estava tudo calmo.
26. Erupção lateral explosiva
É uma combinação perigosa: a lateral de um vulcão se abre, e por ali sai tudo de uma vez. Lava, gás, cinzas, rochas. É uma explosão fora da cratera principal, o que pega muita gente desprevenida.
Foi exatamente isso que aconteceu com o Monte Santa Helena. A lateral explodiu com tanta força que mudou o formato da montanha. E espalhou destruição a quilômetros dali.
27. Erupção limnogênica
Pouco conhecida, mas extremamente letal. Ocorre em regiões com grandes lagos, principalmente em áreas vulcânicas. Gases como dióxido de carbono ficam presos no fundo do lago. Quando a pressão se rompe, tudo sobe de uma vez.
O gás sobe como uma bolha gigante, escapa do lago e desce pelas encostas, sem cheiro, sem cor, sufocando tudo no caminho. Já houve casos em que centenas de pessoas morreram por asfixia sem nem entender o que estava acontecendo.
28. Erupção criptovolcânica explosiva
Essa também é discreta no começo, mas pode ter consequências sérias. Em vez de sair por uma cratera, os materiais são lançados por fissuras que se abrem no chão.
É como se a crosta terrestre rachasse e, por essas rachaduras, saíssem nuvens de cinzas, pedras e gases. A diferença é que não há um vulcão "visível" como referência. Isso torna o monitoramento mais difícil.
29. Erupção subglacial
Volta e meia os vulcões entram em ação debaixo de geleiras. Ninguém vê o começo, porque tudo está escondido sob o gelo. Mas quando o magma toca esse gelo espesso, o que se forma é uma combinação explosiva.
O gelo derrete rápido, vira vapor, e surgem nuvens de cinzas e fluxos de lama. Às vezes, ocorrem enchentes repentinas. É o tipo de fenômeno que exige atenção em países frios com atividade vulcânica.
30. Erupção freática (sim, novamente)
Esse tipo já apareceu antes, mas é tão comum que merece uma segunda menção. Pode acontecer em qualquer lugar onde haja calor subterrâneo e água acumulada. Às vezes, a água nem precisa tocar o magma — só o calor da rocha já basta para gerar vapor suficiente para causar uma explosão.
E por não ter sinais visíveis, costuma pegar até pesquisadores de surpresa. Muitas áreas turísticas precisam de sinalização por causa disso.
As atualizações sobre a continuação deste assunto serão postadas em breve. Você pode consultá-las a qualquer momento em
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